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Como Armazenar Corretamente Papel E Celulose — Fugindo Da Umidade
A indústria de papel e celulose representa cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial do Brasil e as principais empresas existentes no mercado nacional possuem grande representatividade no mundo, acirrando a concorrência no segmento.
A matéria prima possui um alto volume de negociações e qualquer impacto na cadeia operacional pode refletir no valor negociado. Dessa forma, as empresas do setor precisam pensar na infraestrutura de armazenamento, por exemplo, para que problemas como a umidade não seja um empecilho para a produção.
Saiba mais sobre esse segmento e como armazenar papel e celulose corretamente neste artigo. Boa leitura!
Um panorama do setor de papel e celulose no Brasil
No Brasil o setor de papel e celulose tem grande destaque no mercado e uma alta competitividade, que pode ser explicada pelas condições de clima e solo favoráveis. Para ilustrar bem, o setor possui a maior participação do segmento de plantio de árvores para fins industriais, representando cerca de 61% em 2019, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
Além disso, o país possui um grande investimento em pesquisa e desenvolvimento nessa área e isso reflete nos dados do mesmo estudo que apontam que em 2019 o país se manteve como o segundo maior produtor de celulose do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Já em relação à exportação, a mercadoria brasileiro ocupa o primeiro lugar e 70% da produção total é destinada ao mercado chinês, europeu e estadunidense.
Quanto ao papel, 80% da fabricação é consumida no mercado interno e as indústrias se concentram especialmente na região Sul e Sudeste, devido ao alto consumo do material.
Como a umidade pode causar prejuízos no armazenamento de Papel e Celulose
O papel possui alto teor higroscópico, ou seja, é muito sensível ao excesso de umidade no ambiente e isso impacta toda a cadeia produtiva, desde o armazenamento da madeira até o produto final.
Em relação à matéria prima principal, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é necessário três toneladas de madeira para produzir uma tonelada de papel e celulose. Dessa forma, o controle da umidade em todas as fases da produção é crucial para evitar prejuízos.
O ideal é que a umidade se mantenha entre 45% e 55%, e o seu excesso pode provocar problemas como:
- formação de rugas e ondulações no papel;
- aparência e valor do material prejudicados;
- proliferação de fungos, responsáveis pelo aparecimento de bolor na superfície do papel;
- traças que atacam o material, formando furos e irregularidades.
O que considerar na logística e armazenagem de papel e celulose
Os produtos exigem um manuseio e cuidado indispensáveis na operação logística e no armazenamento. Saiba mais sobre esses processos:
O transporte
Os equipamentos para manuseio precisam estar em perfeito estado de conservação e manutenção, sem vazamento de óleo e sem ferrugem nos garfos e bobinas.
No transporte, os veículos devem passar por um rigoroso processo de limpeza e forração. Após isso, os tetos devem ser inspecionados, garantindo a impermeabilização do equipamento.
Outro ponto é a fragilidade do produto, que interfere bastante na logística e, após isso, os cuidados precisam ser redobrados. O uso de equipamentos que evitem que o material seja molhado é essencial, como lonas, por exemplo.
Por fim, para evitar prejuízos, a capacitação da equipe logística com treinamentos específicos para esse tipo de material é essencial.
Armazenamento
A umidade é o principal ponto de atenção na hora de armazenar a matéria prima. Por isso, o material deve estar em ambientes arejados e cobertos, certificando-se de que não há possibilidade de entrar água da chuva, por exemplo.
Confira algumas dicas para manter esse material conservado:
- não expor ao sol e calor;
- armazenar em lugar seco, arejado e limpo;
- não expor à chuva;
- deixar, no mínimo, a 15 cm do chão;
- não expor à poeira;
- estocar as bobinas em ambiente que não atinja altas temperaturas
- empilhar no máximo três bobinas, deitadas ou em pé;
- estocar por no máximo seis meses;
- não manusear as bobinas e embalagens com mãos sujas de óleo;
- não rolar a bobina, optar por usar um carrinho plataforma;
- não tomar e nem jogar o material.
O uso de galpões flexíveis
Os galpões com infraestrutura flexível podem garantir o armazenamento de fardos de celulose, bobinas de papel e de produtos acabados, seguindo as necessidades colocadas acima.
Esse tipo de construção possui uma montagem mais rápida e econômica em relação aos galpões de alvenaria e podem ser contratados a partir da necessidade da produção.
Fugir da umidade e tomar todos os cuidados no transporte e armazenamento desse material é crucial para que não haja prejuízos e comprometa toda a cadeia produtiva.
Para isso, já existem opções no mercado que facilitam e otimizam o seu trabalho, dessa forma, confira como a infraestrutura flexível pode ajudar a sua empresa.
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