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Armazenamento de café: particularidades e soluções
Além de ser uma das bebidas mais consumidas do mundo, o café é um produto de alto valor agregado, especialmente quando falamos nos grãos especiais. Todo o cuidado dedicado ao plantio, à colheita e à torra, no entanto, pode ser jogado fora caso o armazenamento do café não seja feito da forma correta.
Isso porque os grãos são extremamente sensíveis a fatores como luz, umidade e temperatura e armazená-los fora das circunstâncias ideais pode comprometer seu sabor, aroma e frescor. Sendo assim, entender as particularidades desse produto e adotar as soluções adequadas de conservação é fundamental para os produtores, que precisam garantir sua qualidade, que interfere no preço final e na reputação do produtor.
Quer entender mais sobre o assunto? Então leia este artigo!
Particularidades do armazenamento de café
Por ser um produto de origem agrícola, o café carrega características que exigem cuidados específicos no armazenamento. Diferente de outros grãos, ele é altamente sensível a fatores externos que podem comprometer sua qualidade e reduzir seu valor de mercado. Entender essas particularidades é o primeiro passo para evitar perdas e garantir um produto competitivo.
1. Capacidade de absorção e liberação de umidade do grão
O café verde é higroscópico, ou seja, absorve e libera umidade do ambiente com facilidade. Se armazenado em locais úmidos, o grão tende a ganhar água, criando condições para o desenvolvimento de fungos e mofos, além de acelerar processos de fermentação indesejados. Por outro lado, se exposto a ambientes muito secos, perde umidade em excesso, o que fragiliza o grão e pode comprometer a torra.
2. Sensibilidade ao oxigênio
A presença de oxigênio acelera processos de oxidação no café, responsáveis pela perda de compostos aromáticos e pelo aparecimento de sabores indesejados, como notas rançosas ou “velhas”. Essa deterioração impacta diretamente na xícara e reduz a vida útil do produto.
3. Influência da temperatura
Altas temperaturas no armazém aumentam a velocidade das reações químicas no grão, o que acelera sua deterioração. Já variações bruscas de temperatura contribuem para a condensação de umidade dentro das sacas, aumentando o risco de contaminação por fungos.
Por isso, saber como diminuir a temperatura do galpão de armazenamento para amenizar o calor é fundamental.
4. Exposição a odores externos
O café é capaz de absorver odores do ambiente de forma rápida e irreversível. Por isso, o contato com produtos químicos, combustíveis, fertilizantes ou mesmo outros alimentos pode comprometer o perfil sensorial do lote, tornando-o inadequado para comercialização em segmentos exigentes, como o de cafés especiais.
5. Mistura de lotes e perda de rastreabilidade
Cada lote de café possui características próprias, influenciadas por variedade, terroir e processo de beneficiamento. A falta de organização no armazenamento pode levar à mistura de lotes distintos, reduzindo a padronização, dificultando a rastreabilidade e diminuindo a valorização do produto.
Erros comuns no armazenamento do café
Mesmo produtores experientes podem cometer deslizes no armazenamento da safra do café, especialmente pela falta de uma estrutura adequada. Esses erros, porém, custam caro: afetam diretamente a qualidade, reduzem a pontuação em concursos, afastam compradores exigentes e comprometem o valor de mercado. A seguir, destacamos os principais equívocos observados nas fazendas:
Sacarias em contato direto com o chão
Um dos erros mais comuns é armazenar sacarias diretamente sobre o piso do armazém. Isso facilita a absorção de umidade pelo grão e aumenta o risco de contaminação por pragas e fungos. O ideal é utilizar pallets, estrados ou prateleiras elevadas, garantindo circulação de ar e isolamento do solo.
Armazéns sem controle de ventilação
Ambientes fechados e mal ventilados acumulam calor e umidade, criando condições propícias para a deterioração do café. Muitos produtores subestimam a importância da ventilação cruzada e de aberturas estrategicamente posicionadas para manter a renovação do ar.
Exposição a variações climáticas
Deixar o café em estruturas improvisadas, como galpões abertos ou coberturas pouco resistentes, expõe o grão a mudanças bruscas de temperatura e até à chuva. Essas variações aceleram o processo de degradação e aumentam as chances de perda de lotes inteiros.
Mistura de lotes diferentes
Juntar cafés de origens, variedades ou processos distintos é um erro que dilui a qualidade, dificulta a rastreabilidade e impede que o produtor aproveite o potencial de diferenciação dos lotes mais especiais. Em um mercado cada vez mais exigente, a falta de separação pode reduzir o valor pago pelo comprador.
Embalagens inadequadas
Sacarias de má qualidade ou muito antigas permitem troca de umidade, entrada de pragas e perda de aroma. O uso exclusivo de juta, por exemplo, sem uma barreira protetora interna, deixa o grão mais exposto. Hoje, já existem alternativas mais seguras, como sacos herméticos e liners especiais, que ajudam a alcançar maior sucesso na armazenagem.
Armazenamento junto a produtos com odores fortes
Um erro recorrente é manter o café próximo a fertilizantes, defensivos, combustíveis ou até outros alimentos com cheiro marcante. Por ser altamente absorvente, o grão incorpora esses odores, o que compromete sua qualidade sensorial e faz com que ele se torne impróprio para mercados premium.
Soluções para o bom armazenamento do café
Depois de entender as particularidades do grão e os erros mais comuns no dia a dia da fazenda, é hora de falar sobre as soluções que realmente fazem a diferença no armazenamento do café. O objetivo é garantir um ambiente controlado, que preserve a qualidade sensorial, aumente a durabilidade e atenda às exigências do mercado.
Controle rigoroso da umidade
O café deve ser armazenado em uma faixa de umidade específica, considerada ideal para evitar tanto a proliferação de fungos quanto o ressecamento do grão. Para isso, é fundamental utilizar medidores de umidade confiáveis e realizar monitoramentos frequentes. Além disso, o armazém precisa estar protegido contra infiltrações e excesso de umidade no ar.
Separação e rastreabilidade dos lotes
Cada lote deve ser identificado e armazenado separadamente, de acordo com variedade, talhão, altitude e processo de beneficiamento. Essa prática garante rastreabilidade, evita misturas indesejadas e possibilita atender compradores que valorizam cafés especiais e microlotes. O uso de etiquetas, planilhas digitais ou softwares de gestão ajuda a manter o controle com precisão.
Embalagens adequadas para conservação
As tradicionais sacarias de juta continuam sendo amplamente utilizadas, mas, para maior proteção, recomenda-se o uso de liners herméticos ou sacarias especiais que evitam trocas de umidade e protegem contra odores externos. Em operações maiores, o uso de Big Bags também pode facilitar a logística e reduzir perdas.
Estrutura física de qualidade
O ambiente de armazenamento é fundamental para a conservação dos grãos de café. Galpões bem projetados garantem proteção contra intempéries, ventilação adequada, isolamento do solo e segurança para grandes volumes de grãos.
Os galpões da Tópico se destacam como uma solução eficiente e prática para produtores. Com estruturas modulares e de rápida instalação, eles oferecem cobertura segura, flexibilidade para expansão da capacidade de armazenamento e condições ideais para conservar a qualidade dos lotes. Além disso, podem ser adaptados às necessidades de cada produtor, funcionando como tulhas, armazéns provisórios ou permanentes.
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